2007-12-14

Porquê tantos casamentos se desfazem?

Eu só vou dar a minha opinião: O namoro não é utilizado para se conhecerem. Os jovens entendem (mal), que já sabem tudo. Eles apenas desejam saber se sexualmente se entendem, mas isso não é tudo. Praticamente não conversam, porque encontram-se em grupo e isso não dá para conversar: Divertem-se, dançam, bebem uns copos, e fazem horas para chegar a casa às 7 ou 9 horas da manhã. Depois dormem toda a manhã, quando não é o dia todo. Para quê, se não utilizaram o tempo que estiveram juntos, para um melhor conhecimento.

Um sobrinho meu quando confrontado com a minha observação, de que é preciso conversar, para saberem como reagiria a garota (ou o rapaz ) numa situação do quotidiano, ele respondeu-me: Conversar para quê? Resposta evasiva que demonstra, ausência de objectivos. Mas tu não queres casar com a tua namorada? A resposta dele foi: Sei lá? Mas não gostas dela? Gosto! Então qual a qualidade que mais aprecias nela. É boa na cama! É compreensiva. Só chateia porque quer estar sempre comigo.

Calei-me e pensei: Ele só sabe que ela é boa na cama! Voltei à carga: Não sabes mais nada? Sei que os pais dela me deixam dormir em casa deles e a meio da noite passo para a cama dela.
Mas só ficas a saber um aspecto da vida da tua namorada. Precisas de muito mais. Bem, diz ele, ela é uma rapariga que está sempre aos beijos. Ela é muito fácil. E tu gostas disso? Bem, os pais são ricos. E é isso que te interessa? Supõe que tu pensas que eles são ricos mas eles não são? Então fui enganado, e isso não admito.

E é esta a visão que um puto de 23 anos, tem da vida! E a menina? Não indaguei junto de nenhuma. Mas adivinho as respostas. Gosto dele porque é giro, meigo, educado e vai me fazer feliz. Isto é que eu chamo: ter uma fézada de que vão ser felizes. Depois da boda, que vai custar uma "nota negra", vão para a casa deles (comprada pelos pais), e passada a lua de mel, quando já não vêem desiludidas (as noivas, mais frequentemente). começam a conhecer o cônjuge e a descobrir que afinal ele não é nada do que ela julgou. Ele por sua vez, vai dizer que: afinal o que sabes fazer, ovos estrelados, não. Isso até eu sei! E lá vão comer num restaurante, acompanhados de uma discussão, sobre: Isto assim não está bem. Sabes ao menos arrumar uma casa? E tu, pergunta ela. Achas que só eu tenho que saber? Ou não tencionas colaborar! O tempo que els perderam a dançar e a ir para a cama! Mas isto sucede constantemente.

E quando convidarem alguns amigos para ver os vídeos do casamento, estes já notarão que aquilo não vai durar muito. Passado 10 meses, os amigos terão conhecimento que se divorciaram. E lá voltam para as casas dos repectivos pais, nem querendo ouvir falar do casamento, que só lhes trouxe sofrimento.

Os jovens sabem tudo de computadores, da artista da moda, muito pouco de amor, nada da vida, mas fecham todos os canais, onde podiam aprender, de comunicação com os pais.

Talvez os pais tenham culpas por não terem tido tempo de conversar com os filhos, sem ser a criticar. É que há pais que só falam das partes negativas. E isso os filhos não gostam de ouvir. Assim os adultos contribuem para o corte de comunicação com os adolescentes. Não é preciso ser o pai camarada. O filho tem que sentir que há uma autoridade que ele deve respeitar e cumprir as regras da casa. Se o lar é uma escola para a vida. Há que conversar com os filhos calmamente.

O tempo passa depressa, qualquer dia eles já não estarão em casa. E se saírem preparados para a vida, os pais podem dizer: Missão cumprida. Se saírem mal preparados, os pais vão sofrer com o sofrimento deles.

Amor e serenidade, quanto a mim, é o que deve presidir à relação. E regras, que os filhos têm que acatar. A vida é feita de regras, se eles não vão habituados a cumpri-las, então vão sofrer muito.

Aqui fica muito por dizer. Há muitos outros aspectos que poderiam ser abordados, mas este post já vai longo.

José

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